Tenho pensado muito sobre isso ultimamente.
São dez meses de transformação total no corpo para o bebê se formar, depois vem o parto e os hormônios oscilam demais da conta.
Se você acha que é o bebê sair da barriga para as coisas voltarem para o lugar, sinto lhe informar minha amiga, mas não é nem de perto por ai.
Mas qual o motivo desse papo todo?
Na “Glamour” desse mês saiu uma matéria da Deborah Secco contando o que aconteceu para o corpo dela ficar tão perfeito em tão pouco tempo.
Na matéria, a atriz contou que por recomendação da nutricionista, ficava até 23 horas se comer.
Pelo amor de Deus, eu não sou especialista na área, mas é no mínimo absurdo fazer uma coisa dessas.
Além disso ela em menos de um mês começou atividades físicas e tratamentos estéticos.
O exercício é algo que é liberado aos poucos, eu mesma só fui liberada completamente agora, com 4 meses.
Além disso, quem escolhe amamentar abre mão de tudo isso que ajuda a vaidade.
Amamentar é um ato de amor, de você respeitar seu corpo da maneira que ele está, se alimentar direito em prol de algo maior.
Exercícios são feitos com cuidado para não secar o leite, aparelhos de clinicas de estética são proibidos e mais um monte de coisas.
O corpo ainda está voltando ao lugar. Em um mundo real é impossível ficar com esse corpo sem fazer loucuras.
Não condeno o que ela fez, mas acho o discurso perigoso para uma sociedade que se influencia demais nas celebridades.
E tem muita coisa escondida por ai nessa história, mas deixa quieto.
Meu corpo não voltou e ainda não está perto de ser o que era, talvez ele nunca seja!
Sou uma pessoa extremamente vaidosa que cuida da alimentação e tento toda semana recomeçar os exercícios, mas vira e mexe aborto a missão academia porque um ser pequeno precisa de mim por perto.
Meu quadril me incomoda, meu guarda roupa ganhou duas numerações a mais, mas nem por isso penso em fazer algo radical.
Uso cinta todos os dias para ajudar no processo.
Quando for a hora de me cuidar, cuidar do meu corpo sem atrapalhar o desenvolvimento da minha filha, eu farei isso.
No momento meu corpo pertence a ela, e não é tempo de vaidade, é tempo de saúde.
Estou tendo uma alimentação super saudável, evitando doces e frituras ao máximo, mas ainda assim a falta de um exercício com frequência atrapalha.
Mas vamos dar a nós o tempo que precisamos.
Daqui a pouco essa fase passa e tudo volta ao normal, o que não volta é esse tempo lindo que eu estou vivendo com ela.
Quando eu parar de amamentar eu cuido de todo resto, enquanto isso eu cuido do que é possível e sigo feliz assim, sem máscaras e sem medo!
Beijos
Desapego!
Acho que essa palavra nunca me tocou tanto quanto agora.
Uma mistura de sentimentos que faz até meus olhos se encherem de lágrimas!
Mas porque esse sentimento louco? “O que de tão importante você está tendo que deixar pra trás?”
Roupas!
“Mas esse sofrimento todo por causa de uma coisa tão fútil?”
Sim, um sofrimento que não tem tamanho!
Mas antes que vocês achem que eu sou um ser vazio, aqui vai a explicação mais importante!
As roupas em questão não são minhas e sim da minha Sofia!
Crescer faz parte, a gente cria os filhos para isso não é mesmo?
Lembro da primeira vez que comprei uma roupinha para ela! Foi uma alegria tão grande!
Ia para lojas e tinha o maior orgulho de falar: “recém nascido” ou então “até 3 meses” (que são as roupinhas que os bebê usam logo após o nascimento).
Um dia eu acordo e percebo uma mudança!
Quando foi que essas roupinhas deixaram de caber? Eu estou do lado dela o tempo todo, como não fui percebendo?
Ou será que eu não quis perceber?
Só sei que meu coração apertou, apertou muito forte!
Me vi pegando várias peças e pensando em tudo o que já vivemos em tão pouco tempo.
Roupinhas essas que ela usou uma ou duas vezes, outras um pouco mais…mas não importa a quantidade, tudo que eu sei agora é que elas ficaram para trás e meu bebê está crescendo.
A gaveta das roupas dos seis meses em diante começou a ser usada. Mas ela nem tem 4 meses ainda, como isso pode acontecer?
São perguntas que eu nunca vou conseguir responder. Só sei que foi ontem que ela era um bebê pequeno, frágil, que não interagia, não rolava…só sabia dormir, mamar e chorar.
Hoje ela não é mais uma recém-nascida, ela passou a ocupar o cargo bebê!
Ela olha, interage, sorri para você o tempo todo, pega as coisas, fica de bruços coma cabeça erguida, com ajuda se sustenta em pé (o que ela adora), fala em forma de gritinhos….
Quanta coisa nós já vivemos não é minha filha?
E isso não está nem perto do que vem por ai, temos uma vida toda pela frente e eu mal posso esperar!
Mas se puder te pedir uma coisa; por favor, vá com calma meu amor! Meu coração ainda não está preparado para tanta mudança.
Agora são apenas roupas, mas em breve você vai mudar de opinião, vai mudar de gosto, vai simplesmente mudar!
O que não vai mudar nunca é o nosso laço, o nosso amor que é maior do que qualquer coisa que já pude viver!
E o que eu vou fazer com as roupas?
Nesse momento guardar! Não tenho coragem de me desfazer, doar…pode soar egoísta, mas preciso delas perto de mim!
No mais, o futuro a Deus pertence, e quem sabe não pinta uma irmãzinha ou irmãozinho por ai.
Com amor,
Mamãe coruja e emotiva!
Meu nome é Bruna Martins, sou jornalista, pós-graduada em marketing, e trabalho há mais de dez anos em televisão.